Com atendimento diário de cerca de 150 pacientes, o Hospital da Criança sofre com a falta de uma UTI pediátrica. Segundo a presidente da instituição, Maria Rita C. de Melo, a situação é de urgência, uma vez que os pequenos pacientes que se encontram em estado grave não têm encontrado atendimento em outros hospitais, por falta de leitos para crianças nas UTIs. “Ninguém quer perder um ente querido, mas perder uma criança é um sentimento de total desolação”, afirma. Contudo, Maria Rita emocionou-se com uma boa notícia vinda do deputado Antônio Lerin (PSB), que revelou que o hospital terá R$1,5 milhão para estruturação da UTI pediátrica. O deputado disse, ainda, que apresentará ao governador Antonio Anastasia proposta para que o governo faça convênio com o hospital, a fim de viabilizar a manutenção da UTI. “Vou esperar apenas que a Maria Rita me mande o projeto para levar ao governador, que é uma pessoa centrada e séria, que tem sido sensível aos nossos pedidos. Ele é um homem que sabe entender as prioridades”, afirma o deputado Lerin.
Com essa ação, o deputado Lerin atendeu a um pedido conjunto da AMVALE (Associação dos Municípios do Vale do Rio Grande) e dos vereadores da Câmara Municipal de Uberaba e estará realizando também o sonho da ex-presidente Teresinha Cartafina. “Foi um pedido que tive a satisfação de atender, porque é comovente ver uma instituição digna e pioneira como o Hospital da Criança sem uma unidade e atendimento tão importante”, explica emocionado. Atualmente, cerca de 80% do atendimento do hospital é feito pelo SUS e a instituição conta com 42 leitos no total. Paredes pintadas com desenhos infantis decoram os corredores, quartos e salas do hospital. A ala do SUS foi totalmente remodelada, com móveis novos, sem distinção em relação às demais alas. “Prezamos a humanização, sem distinção de poder aquisitivo”, afirma Maria Rita.
Com 76 anos de funcionamento, o Hospital da Criança conta hoje com 120 funcionários e mantém convênio com a Universidade de Uberaba para residência médica. Foi pioneiro há quatro anos, com implantação de setor estéril para manipulação de medicamentos fracionados, uma vez que as crianças não podem utilizar as dosagens totais de alguns remédios. De acordo com a presidente Maria Rita, depois dessa medida, houve economia de 60% com medicamentos que antes eram inutilizados. “São iniciativas que o hospital realiza, mas que pouca gente sabe”, ressalta. A diretora destaca que mensalmente o déficit da instituição pode chegar a cerca de R$ 60 mil.
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